quarta-feira, 27 de junho de 2012

Aspectos de INTELIGÊNCIAS, práticas de TECNOLOGIAS, na era DIGITAL


Por: Romeu Araújo Menezes
professor@romeumenezes.com.br
Resumo


Misturar tecnologia com inteligência dará uma boa receita digital, saber usar as nossas inteligências, uma formação ainda pouco praticada pela humanidade; Aplicar esse intelecto em técnicas de estudos hardwaredianos é uma outra situação, um dia chegaremos lá. Mas até lá ainda vamos nos instigar, indagar  e nos decepcionar muito.
Palavras chaves: Inteligências, tecnologias, consciência, liberdade, pensamento, sistemas operacionais, lógica computacional, sociedade em rede, sistemas distribuídos.
Introdução
    As tecnologias diversas que possuímos são resultados das inteligências diversas que desenvolvemos, “do barro a areia + oxigênio = silício” como quebra de paradigma não mais para as idades da pedra, bronze ou ouro, queremos nos libertar da era física, digitalizando-nos em estruturas virtuais, em modernos AVATAR. A extensão está em frente aos nossos olhos, como diria Macluhan “A tecnologia é uma extensão da mente humana” é o novo e velho ser humano digital. Ironicamente essa mesma tecnologia nos faz ser mais ínfimos do saber entender o saber.
    Uma questão cultural, uma divergência irracional entre o poder aprender e o poder aplicar o aprendido, essa luta torna-nos belos maquiadores do processo tecnológico de aprendizagem e permite-se às máquinas o dom de poder se elevar a inteligência artificial. É a mobilidade da tecnologia facilitando o meio social, elevando-nos a uma categoria ainda não decifrada em decimal mas com certeza usada em binário.

Desenvolvimento
    A sociedade caminha em direção a novas formas de inteligências no qual os pontos cardeais serão (00,11,01,10), a novas práticas tecnológicas, a novos avanços tecnológos. É apresentado-nos diversas perspectivas de lidar com o novo, numa amplitude de situações que poderá ser aplicada no convívio social nem sempre fisicamente mas permanente da humanidade.
    Ser tecnológico é um parâmetro a ser desenvolvido nas mais diversas frentes, mas nos deparamos com um grade dilema: como aplicar a tecnologia e ter como benefício rendimentos totalmente positivos?
    Abstrair o real para o virtualmente tecnológico é uma atividade ainda pouco praticada. E quando não se pratica, as dificuldades tendem a aparecer e o vislumbramento não acontece. Observamos lampejos de grandes e inovadoras atividades tecnológicas, a web, agora como um vetor essencial, e ainda ao alcance de grandes massas sem ferir uma única barreira alfandegária sequer, está na mira social, está na berlinda da futilidade, vamos fazer negócios assim mesmo.
    Estamos deliberadamente ligados a essa nova era digital, é possível estar integrado nesse meio? Situações de necessidades não faltam, basta olharmos para os lados: é uma bíblia precisando de uma ideia tecnológica, é uma empresa precisando de uma aplicação sistêmica para seus produtos, é uma cabeça precisando de um ensino tecnológico, é uma porta fechada precisando aceitar a tecnologia. Mas existe um padrão para isso?
    Vamos parafrasear Mário Quintana “Todas essas máquinas que aí estão vislumbrando o meu caminho, elas mouse são, eu touch-inho.” Entendemos que, aceitar a tecnologia é uma vontade primordial mas acreditar em tecnologia é uma fome infernal. Precisamos estar atentos, ainda vão nos roubar esse mouse. Vamos nos famintar de tecnologia.
    A estrutura tecnológica atual tem atrelado de forma sistemática hardware e software e tem criado cada vez mais efeitos mirabolantes nas suas interfaces de apresentação ao usuário, isso sem contar como ficamos atônitos, quase que paralisados às interfaces desenvolvidas pela Apple. Maravilhar-se com uma maçã não basta é preciso mais e além.
    Mas como vender o diferente num mundo tão igual em suas vontades? Como querer a surpresa do inesperado se nem o esperado conseguimos ser? Esse trunfo existe desde os ranços dos limites enfrentados pela mente humana, essa lógica perversa e binária que oprime os bits e a consciência, nos faz refém do inatingível.
    Um equipamento tecnológico qualquer possui sua estrutura determinada por um controle. Nós seres humanos temos Deus como nosso controle e vamos além, Deus controla a consciência humana que controla a consciência dos controladores de hardware que controla o hardware. Quem faz esse papel de consciência da controladora de hardware? Um sistema que imita o cão para o homem. Sim é o sistema operacional sim, muitos deles linux, windows, mac, android. O futuro dele é a liberdade, desde que condicionada ao seu “deus”: o homem.
    No formato de conteúdo prezo por uma distribuição igualitária de conhecimento, se não igual para todos  pelo menos democrático como um direito universal para os seres humanos. De fato aprender as entrelinhas é um passo além do que queremos enxergar. É um fundamento ainda em desenvolvimento numa época em que tudo nunca esteve tão fácil de ser buscado. “- Bate aí no Google!” Compreender essa nova forma de acesso a informação é um paradigma para se obter conhecimento. Vivemos em uma sociedade de muito conteúdo mas de pouco conhecimento. A crítica de Castells repercute em ouvidos mas ecoa baixo nas bocas nervosas, ainda pagaremos um preço alto por tanto desconhecimento.
    A lógica convencional como mecanismo para desenvolver as novas tecnologias não resultam em grandes conhecedores de tecnologias. Aplicar o diferente, entender o novo, requer ousadia e determinação para tal feito. “Para se beber água nova deve-se chegar ao riacho muito cedo”.
    Uma sociedade em rede, uma tecnologia distribuída, um pensamento liberto, um arroba incluído no nome; Fundamentos para ser um cidadão digital, base de conhecimento aberta a novas tendências, implícitas no vago do desconhecido à beira do caos em seu nível de representação, de fato uma vida de um mero avatar. Dirão os analistas que isso é tecnologia. Os técnicos são os felizardos... afinal preocupar-se com o bit? Vamos formatar essa máquina.
    Aportar uma sociedade inteligente requer dar o mecanismo para se obter conhecimento das máquinas. Alan Turing em 1950 disse em seu estudo sobre a Inteligencia Artificial, “Se os homens podem pensar, por que não as máquinas?” Entender essa ação do pensamento em redes neurais ou estruturas nebulosas instiga o homem a tentar moldar essa atual sociedade em uma ilusão meramente digital. Conhecimento é uma parcela, não os resultados de “se A então B”. Entender o procedimento da parcela é como saborear o gosto do vinho antes de bebê-lo. É sentir por ser e não por ter. Virtualizar essa inteligência é o segredo a ser desvendado. É a bola da vez, o começo está simplesmente no fato de escovar bits. Surpreenda-se.


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